quarta-feira, 22 de junho de 2011

O Vasco é de quem?


Venda de ingressos em São Januário
O Vasco demorou pra fazer um bom programa de afiliados. “O Vasco é meu” veio pra tentar sanar esse problema, e cumpriu seu objetivo em um primeiro momento. Só que acho que passou da hora de aperfeiçoar o programa e partir pra um segundo passo.

A meta inicial era de 100 mil sócios. O Internacional tem uns 85 mil sócios em dia e o Grêmio uns 55 mil. O Vasco tem aproximadamente 10 mil pagando e mais de 57 mil cadastros. E o número parece estagnado. Porque não podemos chegar aos números dos gaúchos?

Pra conseguir isso, primeiro é necessário ter em mente que a torcida é o bem mais precioso que um time pode ter. É por ela que o Vasco existe, e é pra ela que as ações devem ser direcionadas. E quando o torcedor é sócio, esse “carinho” com ele deve ser ainda maior.

Recentemente, nas finais da Copa do Brasil, o que vimos foi um descaso total com eles. O sócio tem prioridade na compra e vai às bilheterias com um dia antes do torcedor “comum”. 

Se o torcedor “comum” pode comprar pela internet, porque o sócio não pode? E porque a limitação de se comprar apenas com o cartão Visa? 

Mas ok, o sócio foi às bilheterias para comprar seu ingresso pra o primeiro jogo, em São Januário. Quem se arriscou no Calabouço, ficou 3, 4 horas na fila. E a mesma era pequena, com cerca de 20, 30 torcedores. E nem dá pra falar que foi problema pontual, pois nos outros jogos o drama era o mesmo. Será que precisa demorar tanto assim?

Será mesmo?
Um outro problema é que tanto o sócio quanto o torcedor comum podem comprar um monte de outros ingressos (valor inteiro). Isso apenas facilita a ação de cambistas. Quem não pode ir até a bilheteria, pode comprar pela internet. 

O torcedor deveria ter direito de comprar o ingresso (valor inteiro) de apenas UM torcedor. 

Teve então o problema com a venda pela internet na final, mas uma solução já foi tomada, que é a venda de 50% da carga restante de ingressos (depois de feita a venda para sócios) na internet os outros 50%, nas bilheterias.

Porém, no jogo de volta, nova confusão. Dessa vez, novamente com agências de viagens.  Dos 10% que tínhamos direitos, 1000 foram vendidos em Curitiba e agências de viagens chegaram a cobrar até quase 1600 reais por um pacote com passagem, translado e ingresso. Não foi com esse discurso que o grupo político de Dinamite chegou ao poder. Foi garantindo transparência, e isso não tem sido respeitado.

É preciso primeiro organizar o mais básico, que é o direito do torcedor de assistir a seu time do coração. São situações relativamente fáceis de se resolver, bastando um pouco de boa vontade para tal. Estávamos tendo problemas pra entrar em São Januário, visto que temos poucas catracas. Organizou-se uma fila com a ajuda da PM e o problema se não foi resolvido, foi minimizado. Dá pra fazer algo bem feito, basta querer.

3 comentários:

  1. Vc escreveu muito bem quando disse que o programa precisa ser repansado, principalmente com relação as vantagens aos sócios.

    espero que no próximo triênio dessa diretoria, eles possam melhorar e captar mais sócios.

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  2. Como sempre muito bem postada as idéias e concordo com vc ...... a final da CB foi uma vergonha, e eh fato SJ eh pequeno demais para um vasco vencedor !! Cesar

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  3. Acho que o Vasco deve aproveitar o momento para tentar chegar a algum lugar com o projeto "o Vasco é meu"... Não só com a tentativa de captação de novos sócios como com a transparência e organização destes novos sócios. Acredito que qualquer estádio seja pequeno para a torcida do Vasco, a grande questão no caso da CB foi a falta de respeito com os torcedores. Horas e horas na fila para no final a borrachada comer solta. Os jogadores pediram para jogar em São Januário e o Vasco tinha que aproveitar e jogar em casa mesmo. Lembro que na final da Libertadores, jogamos lá e os sócios tinham a facilidade de comprar os ingressos dentro de São Januário.

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